"Carpe Diem (em Latim) significa " colha o dia " ou " aproveita o momento ".
Essa regra de vida pode ser encontrada em "Odes" (I, 11.8) do poeta romano Horácio (65 - 8 AC), onde se lê:
Carpe diem quam minimum credula postero
(colha o dia, confia o mínimo no amanhã)."
Este presente parece sempre fugir entre as mãos.
Os gregos antigos, com razão, falavam de duas formas deste presente, do instante, do agora mesmo.
O tempo podia ser tanto o irreversível Chronos (deus do tempo) como o reversível Aion que é a eternidade, tudo recomeça em cada momento.
"Aion é o tempo superficial dos acontecimentos incorporais tomado em sua relação com o devir: remete ao passado e ao futuro simultaneamente.
Contrapõe-se a ele Cronos, que representa o tempo tomado em sua relação com o presente vasto e profundo, e que transcorre através da flecha homogênea e inexorável do tempo: do passado para o futuro – um tempo localizável, espacializado "
Ver aqui:
http://paginas.terra.com.br/arte/dubitoergosum...
O segundo, o cronos, passou a ser dominante. Mas na voz dos poetas é encarado com desconfiança.
É um tempo medido, é o tempo do trabalho mercadoria, pesado. Em que o nosso corpo/tempo é negócio.
O outro, o eterno, fica nos nossos silêncios. Nos nosso sonhos, nas crianças, nos animais, nos que sentem.
Também está na magia do cinema quando não é mercadoria dos centros comerciais e das pipocas.
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